segunda-feira, 9 de julho de 2012

A Porta do Céu.

Esta Peça Teatral sera o nosso próximo trabalho que será apresentado em um grande Evento realizado por nossa 1ª Igreja Batista de São Gonçalo.
Dias16/17 e 18 de Agosto, onde vai acontecer: Encontro da Associação Norte das Igrejas Batistas do RN, A 5ª Macha São Gonçalo para Cristo, Apresentação do Trabalho do Ministério de Louvor e Edificação de nossa Igreja entre outras grandes apresentações.
Amém. Deus seja louvado por tudo isso.


Segue abaixo o texto da peça:

A PORTA DO CÉU

A Porta du Céu, representação do momento que chegam diante de seus destinos eternos.

Um(a) Rico(a), um(a) nobre, uma descuidada, uma crente, uma religiosa e um sábio.


Todas as falas em forma de poesia.


A mensagem central é: "Jesus é o passaporte para entrada no céu".


Vindo do interior surge o Anjo pela porta do céu e apontando para dentro diz:


Anjo:

É esta porta aqui da cidade eterna
É por aqui a entrada ao gozo celestial
Pois por aqui se vai à glória sempiterna.

A nova Jerusalém se vê deste portal

É o reino feliz da bem aventurança

Onde não há pecado e não existe o mal

O céu é sempre azul, o mar sempre bonança

As ruas são de ouro e jaspe reluzente

E sempre a mesma fé os corações alcançam

Ali não haverá aflitos, descontentes

Ali não entrará nenhuma enfermidade

Há na árvore da vida a saúde das gentes

Quanta beleza nova existe na cidade

Que melodiosos sons os altos céus percorrem

Que imenso gozo ali por toda eternidade

Ó quão ditosos são os que a carreira correm

E guardam sempre a fé no eterno salvador

Ó quão felizes são os crentes quando morrem

Pois vai da vida ao fim do seu labor

Ouvir de Jesus a voz tão doce e terna:

Ao gozo venha já, benditos do Senhor.
Este é o caminho que vai para a cidade eterna.


(Entra o Rico)

Rico:

É bem verdade o que dizeis senhora

Existe para a alma o gozo eterno?
Deixai-me entrar, quero-o gozar agora
Que já dentro do peito eu trago o inferno.

Nunca eu tive na vida um dia ao menos de sossego

De paz ou de alegria

Nunca os meus dias foram serenos
Sempre lutei e vivi em agonia

A sede do dinheiro me queimava

Andei vagando em busca de um tesouro 

Em ânsia tornou-se a minha mente escrava
Eu só queria... Eu só amava o ouro

Enriqueci... Acumulei riquezas

Mas nunca adormeci nas ânsias da alma

Minha vida foi cheia de incertezas
Cheia de sustos sem uma hora calma

Mas rico sou... Se além deste portal

Há livramento para o cativeiro

Posso compra-lo com o meu metal
Quero compra-lo com o meu dinheiro

Deixai-me entrar, quero gozar agora 

Vendei-me a entrada para o gozo eterno

(atirando a bolsa)
Uma fortuna aos vossos pés senhora
Abri-me o céu quero fugir do inferno.


(o anjo responde, dirigindo-se para o rico e impedindo a entrada)

Anjo:

A entrada por aqui é proibida

Aos que não trazem o justo passaporte,
Este é o caminho que conduz a vida 
(apontando para baixo)
Ali o reino de pecado e morte

Néscio, que pretende comprar o céu

A custa de ouro em troca de riquezas

Deus não se vende
A entrada além do véu não se adquire a custa de riquezas.



(aparta-se o Rico e entra a Descuidada)



(fala para a porta quando esta tenta impedi-la de entrar)

Descuidada:

Mas porque não? Que mal eu tenho feito

Para assim impedir a minha entrada?
Nunca na terra eu tive um só defeito
Apenas lá vivi despreocupada

Eu vivi como todo mundo vive

Fui a bailes, teatros, distrações

Porém pecado grave nunca teve.

Nunca me afoguei no oceano da paixão

Não matei, não roubei... Não falei mal...

E não prejudiquei ninguém na vida
Ó deixe-me passar este portal
Quero gozar da gloria prometida.

(impedindo a entrada diz pra Descuidada)

Anjo:

A entrada por aqui é proibida

Aos que não trazem o justo passaporte
Quem jamais cogitou na outra vida
A pena sofrerá na eterna morte


Descuidada:

Mas Deus que é terno, doce e compassivo

Imensamente bom e complacente
Não mandará um filho, inda que altivo
Pra sofrer no inferno eternamente.

Que pai condenará o filho amado?

Que pai expulsará de casa o filho?

Ou vendo o filho desgraçado 
Não procura livra-lo do mal trilho?

Espero entrar no céu e ser feliz

De perto quero ouvir o ameno som

Que vem de lá, pois as escrituras dizem.
Que Deus é pai e imensamente bom.

(responde para a Descuidada)

Anjo:

Deus é mais do que bom, Deus é amor

Mas é justiça e santidade 
Não pode entrar no céu um pecador
Ainda manchado pela iniquidade

Sim, Deus amou o mundo de tal maneira

Que deu seu próprio filho em holocausto

Deixando-o numa cruz, sozinho, exausto
Pra remir a humanidade inteira

O sangue de Jesus foi derramado

Pra remir o pecador que o aceita

Mas quem pisa com os pés, quem o rejeita
As penas sofrerá do seu pecado

Que filho mal e louco invocaria

De sua mãe o amor, para aviltar?

É torpe quem no amor de Deus confia
E se desculpa assim para pecar


(sai a descuidada e entra a religiosa humildemente e diz:)

Religiosa:

Na bem aventurança eu quero entrar

E quem me impedirá o gozo eterno?
Pois vivi nas igrejas a rezar
Tal era o horror que me causava o inferno

Trazia ao meu pescoço a santa imagem

O crucifixo de adoração

Frequentando as igrejas com coragem
Quando se falava mal da religião

Acompanhei as procissões nas ruas

Mil vezes comunguei com reverencia

E martirizei as minhas carnes nuas 
Nos horrores ilegais da penitencia 
Pratiquei os atos religiosos 
Conforme me ordenava o sacerdote
Desfiz-me de prazeres bem custosos 
Dividi com os pobres os meus dotes

Compareci á igreja a cada dia

Jamais abandonei o meu rosário

Cumpri na terra tudo o que devia
Ó deixe-me entrar no eterno santuário!


(responde pra religiosa)

Anjo:

A entrada por aqui é proibida 

Aos que não trazem o justo passaporte
Cristo é o caminho que conduz a vida
Formalidades só produzem morte

Uma alma carmesim será mais alva

Do que a neve pela fé somente

Crê no Senhor Jesus e será salva
A salvação é gratuita a toda gente


(entra e sábio)

Sábio:

Quero entrar por aqui tenho o direito

De passaporte vale o meu saber
Eu fui à terra um homem perfeito
O que sou o que sei hão de me valer

Minha filosofia me dava acesso 

Por onde queria passar

As doutrinas que eu sei o que professo 
São mais profundas que o profundo mar

A essência continua sempre igual

E a mesma hoje que será depois

Isto é uma lei garanto-vos, fatal
E porque é... Quero passagem pois


Anjo:

A entrada por aqui é proibida 

Aos que não trazem o justo passaporte
Este caminho conduz a vida
Ali o reino de pecado e morte

Vós não podeis entrar no gozo eterno

Mau agrado e presunção de tal saber

É talvez um filósofo moderno
Grande cientista não há de ver

Conheço algo mais profundo

Das misteriosas leis universais

Sabeis o peso de diversos mundos
Energia, distancia calculais.

Mas não sabeis que as máximas doutrinas

São negadas a sábios doutores?

Porem as almas simples pequeninas
O eterno Deus mostrou seus esplendores


Sábio: (diz)

A ciência então será um viu labor?

Não tem valor saber filosofias?


Anjo: (responde)

Nada aproveita para entrar no céu

O ser versado em muitas teorias



(saindo o Sábio entra o Nobre tentando a passagem)



Anjo: (diz ao nobre)

A entrada por aqui é proibida

Aos que não trazem o justo passaporte
Este é o caminho que conduz a vida
Ali o reino de pecado e morte


Nobre:

A senhora não vê pelo meu porte

Que nasci numa classe preferida?


Anjo:

A entrada é proibida 

Aos que não trazem o justo passaporte


Nobre:

Mereço um cetro, um trono, uma coroa

E tenho privilégio com certeza
Trago nas minhas veias sangue azul
Confio nos direitos da nobreza.


Anjo:

Meu pobre amigo, é grande engano teu

Pensar que as condições de nascimento
Favorecer-te a entrada para o céu
Quem vai livrar-te do eterno tormento?

Dum mesmo sangue é toda humanidade

É toda igual perante o eterno Deus

Toda ela esta coberta de maldade
Por fé em cristo os homens vão ao céu


(o nobre sai e entra a crente)

Crente:

Este é o caminho que conduz a vida

Há de Jesus estar além do véu?
Já pode entrar esta alma arrependida?
Um pecador pode passar ao céu?


(impedindo a entrada dela responde)

Anjo:

A entrada por aqui é proibida

Aos que não trazem o justo passaporte


Crente:

Tenho passagem para a eterna vida

Deu-me Jesus em sua triste morte


Anjo:

Mas o que fizeste dos teus negros e tristes pecados?



Crente:

Eu cri naquele que é Senhor do céus

Que o sangue de Jesus tira pecado
Não me perguntes mais nenhuma coisa
A minha vida toda se reduz
Eu cri, eu creio e minha fé repousa
No doce nome do Senhor Jesus.


(abraçando a crente diz)

Anjo:

Ó quão ditosos são os que a carreira corre

E guardam a fé no eterno salvador
Ó quão felizes são os crentes quando morrem
Pois vai a vida ao fim do seu labor
Ouvir de cristo a voz tão doce e terna
Ao gozo vinde já benditos do Senhor


(o anjo entra por uma porta ou sai de cena com a crente dizendo).

Anjo:

Esta porta conduz a vida eterna.



(voz de Cristo em off.)

Cristo:

“Ao gozo vinde já benditos do Senhor!”

(depois, todos voltam para agradecer ao público).

(Neste texto foi feito uma pequena adaptação do texto original, por Jaqueline Bezerra).

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Apresentação dos Trabalhos Realizados por Nossa Igreja.

Mossoró-RN
2012
A 1ª Igreja Batista de São Gonçalo do Amarante, em Mossoró.
Algumas fotos do Evento.



Presidente e Vice-Presidente: Missionário Jucelino e Ernandes.


Ernandes, sua esposa Leila e Camille, filha de Rosângela.

Leila expondo os trabalhos de Nossa Igreja, pelo Data Show.


Irmãos: Jucelino, Ernandes e Leila em Oração.

Exposição do Presidente da Associação Norte das Igrejas Batistas do RN.

Parabéns Juventude pele Apresentação!

Peça Teatral 
"O Roubo dos Talentos".
Texto de Ricardo César - 2002.
Direção de Júnior de Lima.
Apresentada pela Juventude da 1ª Igreja Batista de São Gonçalo, em 01 de julho de 2012.
Culto Dirigido pelas irmãs que fazem parte da MCA - Mulheres Cristãs em Ação.
Estas são algumas fotos da presentação que foram tiradas na Igreja.






Segue abaixo o texto da peça:



O Roubo dos Talentos


Texto: Ricardo César Alves Bezerra


(Vem cantando e tocando em cortejo. Forma a roda ainda cantando e movimentando).

TODOS – O Roubo dos talentos.

(Termina de falar, todos se agacham, menos o narrador).

NARRADOR – Bom dia Igreja, bom dia jovens, adolescentes, papais, mamães, bebês, ainda os que vão nascer...Hun, Hun (tosse engasgado, sem graça), enfim a todos!
Estamos aqui nesta bela manhã... (dá continuidade: de sol ou de chuva, ou noite se for o caso), trazendo até vocês, minutos de reflexão.
Vejamos...Exemplo (faz um giro suave).
Você, você canta pra Deus?  Amém! (se a resposta for sim. Procura outra pessoa e antes que ela possa responder se adianta).  Não?? Nem quando está sozinho, sem ninguém por perto...No banheiro?       (aponta para outra pessoa).
E você, sabe fazer alguma coisa diferente, ou igual mesmo, mas que seja um talento. – Por exemplo: dançar, tocar, pintar, pregar, cozinhar, etc, etc... Os etc’s também. Ahá! Alguma coisa você sabe fazer.
Então preste atenção nessa história.

(O narrador se agacha. O cantor entra empolgado cantando um hino).

CANTOR – Jesus, quero sempre te louvar, com todas as minhas forças. Como é bom cantar. (Continua cantando).

LADRÃO (Vai até a frente da roda esfregando as mãos; dá um sorrisinho cínico; zoa a respeito da força do cantor. Faz um sinal com a mão para o público e dirige-se até a fuxiqueira que já está em pé. Começa a incomodá-la).

CANTOR(Cantando como se tivesse esquecido do hino) Vou aproveitar e pegar a cópia do hino pra ensaiar. (sai)
FUXIQUEIRA(Com uma vassoura na mão) Ah, meu Deus! Tanto trabalho e ainda tenho que ouvir esse vizinho irritante. Que só quer saber de cantar hinos, e claro, DE-SA-FI-NA-DO. Deixa ele voltar, vai ver só.
(Para o público) É muito chato gente. Um bando de metidos que se acham cantores, tudo cacarejando. Vê só se Deus vai escutar uma coisa dessas.
Eu ainda canto alguma coisa... (cantarola) viu? Eu sou crente. E para mim tem que ser tudo certo, certinho, os pingos nos is. Tem que cantar sim, mas na igreja e com todo mundo, os hinos da Harpa Cristã (ou Cantor Cristão). Foi assim que me ensinaram, ensinaram a minha santa mãe e a minha santa avó. E tem que continuar assim. Ahh! E muito jejum e muita oração (Dá um sorriso envaidecido) Vocês acham que mantenho o meu corpinho como?...Ah esquece. Não sou eu a questão.

CANTOR(Com a cópia do hino na mão, começa a cantar – é interrompido).

FUXIQUEIRA – Para de latir, você não tem o que fazer não? Ô cabeça a minha! Claro que não, é jovem. Só pode estar desocupado.  Deixa eu trabalhar em paz. Você não canta nada, seu desafinado. Ta achando o quê? Que meu ouvido é pini (corta) Aaiii! Já estou saindo da graça. Sinal de que estou certa.

CANTOR – Desculpa, senhora. (triste, sai de cabeça baixa).

(O ladrão até então assistindo sentado, fica pulando do outro lado).

NARRADOR – É, irmãos, já viram alguma coisa assim? Vigia...

(Entra o músico tocando violão).

(O Ladrão vai até a frente, faz um sinal para o público e volta vestindo um paletó e uma gravata).

LADRÃO – A paz do Senhor, irmão!

MÚSICO – A paz do Senhor!

LADRÃO – O que você está fazendo?

MÚSICO – Tocando um hino!

LADRÃO(Sorrindo cinicamente) É mesmo? Não percebi. Que hino é esse? (vira a cabeça para o público e faz uma careta).

MÚSICO(Já inseguro, tenta explicar-se) Bem, é, bem... O hino é (cita um), estou pegando agora, sabe? (desculpando-se) ...Mas vou melhorar.

LADRÃO – Acho difícil. Será que seu chamado não é outro? (põe a mão no coração, depois na cabeça e coloca a outra mão no ombro do músico)
Olha...Estou sentindo que Deus está me dizendo que o seu chamado é... é... é pra pregar. NÃO TEM NADA A VER COM TOCAR. Isso é coisa para outras pessoas. Vá se dedicar à palavra. (saindo)

MÚSICO – Meu Deus, será verdade? Sempre quis tocar hinos para ti. Senhor, meu coração fica tão feliz quando estou tocando. Mas o teu servo falou que não é o meu chamado. (tenta se animar um pouquinho) Ah, Papai, eu queria tanto tocar.

LADRÃO (Passa por trás, falando:) Deus só quer te usar na palavra.

(Músico desiste de vez e sai triste)

NARRADOR – Crentes do céu, acho que alguém aqui já passou por isso. Continuem vigiando...Ah, Papai!!

BAILARINA(Entrando) Mãeêê, estou indo para o ensaio! (faz passos coreográficos)

LADRÃO – Agora é que ‘tá’ fácil! (faz uma careta feliz) Quer vê só? (veste o paletó e a gravata e vai até a fuxiqueira).
Como é que pode? Agora, até dança na igreja.

FUXIQUEIRA – Isso é coisa do mundo.

LADRÃO – O mundo está entrando. Entrando não, já entrou dentro da igreja.

FUXIQUEIRA – Danças sensuais!!!

LADRÃO – Cadê a visão deste povo?

FUXIQUEIRA – Queima este povo, meu Deus. Isso não é crente nem aqui nem na China.

LADRÃO – Até que é bunitinho, mais o inferno tá cheio de coisa assim.

(A vizinha sai balançando a cabeça negativamente).
          
LADRÃO – (O ladrão puxa alguém do público para o meio da roda – uma garota de preferência) Olha que coisa feia! Se pelo menos soubesse dançar. Parece uma tábua de tão dura. Você dança melhor, (apontando para a pessoa) mas se fosse coisa de crente.

(A bailarina tendo escutado sai triste)

LADRÃO – Mais um! Mais um! Mais um! (pulando)

NARRADOR – Para! Para, para, para, para!!!

(O ladrão se assusta)

LADRÃO – Quem é você?

NARRADOR – Não se faça de bobo, você sabe quem eu sou. Estou vendo tudo por aqui.

LADRÃO – O narrador... (com cara de desprezo)

NARRADOR – Você, que se acha o bambambam, tão sabido, que gosta de uma fofoca, adora acusar os outros, fazer chafurdo, brigar, tirar a paz, destruir os sonhos, roubar a alegria, matar a fé, etc, etc, etc,... Por acaso, só vive disso?

LADRÃO – Só, por quê? Tem mais alguma sugestão? (narrador faz sinal negativo) – Ah bom, pensei que sim. SOU sabido mesmo, afinal é o meu papel nessa história. Sempre estou por perto. Não vigiou, estou na área. Bobeou, estou aqui. Meu negócio é esse: roubar a visão, colocar obstáculos... fazer que tudo seja pecado para todo mundo. Assim, todo mundo critica os talentos dos outros, entristecendo os corações e destruindo os sonhos. Colocando fardos pesados – Opressão, é claro!

NARRADOR – Tá! Mas explique-se melhor, como você consegue isso?
         
LADRÃO(Sentindo-se melhor) Fácil, Fácil. A maioria não lê a bíblia. Muitos só lêem para acusar o pecado dos outros; aí, se perdem do verdadeiro sentido e direção. Aí, sou eu que tomo a direção. Eu não crio nada, sou apenas oportunista. Pra roubar é comigo mesmo. Deixo o coração destes bem distante da liberdade que um dia conseguiram através...Hum!Hum! (Se engasga) Através de uma pessoa, numa determinada cruz. (Bem baixinho)

NARRADOR – Como é esta última frase? (Não escutando)

LADRÃO – Numa determinada cruz. Há um tempinho atrás sabe? Nada de importante. (Desprezando)

NARRADOR – Xô, xô, xô! Vá embora! Agora é a minha vez de aparecer. (Vira-se para o ladrão) SO-ZI-NHO!

LADRÃO – Ih! Se liga... (Sai chateado).

NARRADOR – Viram só, queridos e queridas adiguenses ou adiguianos? (Mudar o codinome, caso esteja em outra Igreja) Opa! Já estou me empolgando.
Bem, esta é a função do ladrão, está percebendo? Então vigia...

(Entra o adorador cantando)

LADRÃO(Do outro lado e apontando) Este é o próximo.
Hei, você! ...tão feliz! É namorada nova no pedaço?

ADORADOR – Não, é Jesus na minha vida.

LADRÃO – Viiixiii! (Com a mão na cabeça, corre para o outro lado da roda e troca a roupa)
Oi! Você! Psiu! Psiu! Você não é aquele que antigamente só vivia cheio de cachaça. Até cachorro lambia tua boca?

ADORADOR – Acertou, antigamente... Hoje estou cheio do Espírito Santo. Remido e lavado pelo sangue de Jesus.

LADRÃO – Aaaiii, minha nossa senhora, estou acabado! Esse tá difícil.

(Corre em direção da fuxiqueira).

(O adorador continua cantarolando)

FUXIQUEIRA – Pára, garoto, de cantar desafinado. Isso está acabando com os meus ouvidos. Argh!

ADORADOR – Estou louvando ao meu Senhor e não para a senhora.

FUXIQUEIRA – Que rapaz mal educado. (Sai revoltada, balançando as mãos)

LADRÃO(Atônito) Meu Deus! Opss!! (Põe a mão na boca) Ele vai na direção dos jovens que eu entristeci. (Corre em direção aos jovens)

(Levantam-se os três jovens tristes)

ADORADOR – Aí galera, tudo em cima? A paz do Senhor.

OS TRÊS – Amém (fraco).

ADORADOR – Como é que é? Não entendi! Dá pra repetir?

OS TRÊS – Amém (um pouquinho mais forte).

ADORADOR – Continuo não entendendo. Dá pra repetir?

MÚSICO – Olha só, se eu tiver que repetir mais uma vez, te dou um safanão (mão erguida pra bater).

ADORADOR – Eita Jesus, que o negócio tá ruim mesmo.
              – Espera aí gente, estou brincando e vocês já estão me agredindo. O que está acontecendo de errado?

OS TRÊS – Tudo!! (revoltados e tristes)

(O ladrão nervoso rói as unhas)

ADORADOR – Um de cada vez...

MÚSICO – Eu estava tocando para o Senhor. Veio um irmão e disse que parasse com isso. Deus tinha me chamado para pregar e não para tocar. Pó, logo agora que eu comprei minha guitarra nova.

ADORADOR – Hummm! (com a mão no queixo).

BAILARINA – Eu ouvi pessoas falando mal de mim, dizendo que sou dura e que dançar, não é coisa pra crente, é coisa do mundo, é pecado.

(O cantor interrompe)

CANTOR – E eu, estou inseguro, não consigo mais cantar. Não tenho nem vontade de participar do coral. Acho que vão sorrir de mim. Parece que ninguém quer sentar mais comigo.
       Peraí... Mais eu ouvi uma piadinha pra você! Isso não te abateu? Você não está triste.

ADORADOR – Eu também passei por essa fase, até que descobri o verdadeiro sentido de ser cristão. Ei pessoal, pessoaaall, Estou aqui. (o ladrão fica tapando os ouvidos e tirando a atenção dos jovens) Ou (bate palma), O verdadeiro sentido de ser um cristão.  Ser um verdadeiro adorador. Lê a palavra, jejuar, mas principalmente obedecer à voz de Deus. Não duvide daquilo que pulsa no teu coração, quando você quer servir a Deus.Nós fomos feitos a imagem e semelhança do Deus criador. Ele mesmo criou as artes para o seu louvor.

MÚSICO – Sério?!

ADORADOR – Claro, a bíblia conta isso sem complicações. Nós é que complicamos tudo. Vejamos Davi: Gente como nós, mas homem segundo o coração de Deus. Com seus poemas e canções, viu seu cantor. Ele era homem sensível ao Espírito de Deus. Quando tocava, seu músico, afugentava o espírito mal que atormentava Saul. Esta é pra você bailarina, ele dançou com todas as suas forças, quando a arca da aliança entrou em Jerusalém. Ele não se importou com a multidão nem com as críticas. Estava diante do Deus todo poderoso, adorando-o sem restrições, e Deus o teve como verdadeiro adorador.

LADRÃO – Ah! não, agora é demais (revoltado).  

ADORADOR – Nós estamos aqui, livres pelo sacrifício e ressurreição de Jesus. Somos tabernáculos de Deus. E pra quê ouvir o inimigo dizer que não devemos agir assim, quando o nosso Deus nos ensina a adora-lo com tudo o
que temos e tudo o que somos. Ele nos escolheu assim como somos, com talentos que Ele mesmo nos concedeu.

TODOS – Então podemos prosseguir?

ADORADOR – Claro. Não só pode como deve.

NARRADOR – Stop! (A cena congela) Vem cá seu ladrão (o ladrão vem de cabeça baixa), Tá com medo é?  Se manda, dá no pé (ele sai correndo). Porque aqui temos cristãos de verdade, que amam uns aos outros e adoram a Deus sem reservas e preconceitos. (Vira-se para a platéia) Mas procuram agradar primeiro aquele que um dia morreu para que pudéssemos ter liberdade para cantarmos, gritarmos, dançarmos, pregarmos e usarmos os nossos corpos para a glória dEle. Não deixe que te roubem os sonhos, nem a alegria de servir a Deus com o que você sabe fazer de melhor.  Deus te quer assim como você é, melhorando cada dia é claro, mas assim, sendo você mesmo. Sem máscaras e mentiras. Mas um coração sincero, ensinável e adorador.
         – Podem continuar (virando-se para os jovens).

TODOS – Então vamos adorar o nosso Deus.